terça-feira, 17 de setembro de 2013

ROCKINRIO

O afastamento natural do mundo pop acontecido nos últimos anos não impediu de me prostrar a frente da TV neste fim de semana pra tentar assistir o máximo de shows da primeira semana do  "ROCK IN RIO". E consegui. Acho que assisti 90% dos shows na integra, e deles tirei uma série de "momentos" e situações marcantes. Nem me detenho a comentar ou disseminar a "birra" de alguns sobre a presença do "rock" no festival. Organizado por empresários esclarecidos, e interessados no lucro, obviamente as escolhas dos artistas foram definidas comercialmente e direcionadas ao melhor e maior público possível... "Rock in Rio" é uma marca. Não me incomodo de comprar chiclete na farmácia ou sorvete na tabacaria, nem de comer picanha na galeteria...
Das impressões: as vozes femininas diversificadíssimas (aliás, se quiserem chamar de "Diversity in Rio", talvez existam menos posts agressivos no futuro), de Beyoncé à Florence, de Kimbra à Aurea, impressionaram, apesar da tensão provocada pela voz de Florence, e pela iminência de cair ao tropeçar no vestido, o que não aconteceu. Já que entrei no assunto vestuário, foi legal ver o furinho da blusa na axila da Alicia (roupa da Riachuelo, da nisso). E Jessie J? Que voz é essa, menina? Mandou bem!!! Já entre os homens prevaleceu a escola Bono Vox de vocais: feche os olhos nos shows de Muse e 30SecondsToMars e ouça Bonos, o que não atrapalha em nada a competência das bandas: Muse, repleta de tecnologia bem utillizada, enquanto Jared Leto e sua 30SecondsToMars impressiona do repertório ao conceito do show.
Dinho Ouro Preto, do alto de sua adolescência, falou demais (e rápido?!?! Quase tão rápido quanto as mãos de Marky Ramone (57 anos)ou a pegada do Offspring) e só! Ney cantou uma estrofe inteira de O TEMPO NÃO PARA em outro tom, e a essa altura o roadie que preparou seu retorno pegou um gancho. Tico Santa Cruz homenageou Raul a altura, o que não aconteceu com o pobre Zeca Baleiro, que parecia não saber o que fazia ali. Samuel Rosa deixou o show de Nando Reis mineiro...empataram... As patadas nacionais ficaram por conta de Jota Quest que finalizou o show com o ingresso surpresa de Lulu no palco, causando arrepios e abrindo sorrisos, e com os tambores do Olodum PRODUZIDOS e ENSAIADOS (batucada sem ensaio e produção vira chatice) no show da Kimbra. E se a língua é portuguesa, nada mais lindo passou pelo palco sunset do que Áurea, competentíssima, além de bela. Ok, sexta, no palco mundo passaram a sensualização de Beyoncé e as pernas de Ivete, que têm o dom. E falando em dom, em um jeito Midas de lidar com o que faz, lá também esteve David Guetta. 
Além da passagem de George Benson pelo palco sunset acompanhado de Ivan Lins, uma espécie de saudação ao passado, a black music americana, foi muito bem representada no festival, por um rapaz branco (posso falar branco?) de olhos azuis e surpreendentemente competente: Justin Timberlake, multimídia e multi talento, deixou claro o óbvio: existem coisas que são fundamentais no palco: empatia, produção, afinação, talento e competência. Fora isso, as coisas só funcionam no churrasco, depois que tá todo mundo bêbado, pois a gandaia tem isso por meta e objetivo!

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