segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Bons tempos...

Assistindo um desses programas que relembra e homenageia grandes conquistas de times de futebol, senti saudade das decisões de campeonato brasileiro, quando a tabela ainda não funcionava por pontos corridos e havia (e houve isso em alguns anos) até 3 partidas finais para decidir o campeão. Ao mesmo tempo me desceu um senso de justiça, e lembrei que Cruzeiro em 2013, não mereceria tamanha sacanagem. Provou ao longo do campeonato que entrar em campo com vontade de ganhar é o primeiro grande passo para um time ser campeão, e apesar de (creio eu) ninguém sequer ter imaginado lá no início do ano que o Cruzeiro encerraria o campeonato com algo em torno de 15 pontos a frente do vice, o time fez por merecer o campeonato, e injustiça seria se partidas acontecessem entre Cruzeiro e seu vice, ou que se apresentasse uma tabela qualquer que possibilitasse a perda do que já conquistou até aqui. A saudade se deu porque vi disputas de times com grandes jogadores, jogos inesquecíveis, placares amplos, vontade escancarada nos olhos, coisa que hoje não se vê, não se sente, e por conta disso, tudo se traduz nessa mediocridade que está aí: times grandes (salvos pela conduta do passado) arriscando-se a jogar uma segunda divisão. E pouco importa a quem deveria estar ali defendendo o distintivo, pois, salvo raríssimas exceções, não são mais jogadores em campo: são astros, estrelas, celebridades, famosos que se contentam com essa posição efêmera que o (pouco) talento que têm os permite ostentar. Pior ainda, saber que são correspondidos em sua mediocridade, por fãs apaixonados(as), diretores inexperientes, jornalismo esportivo em busca da pauta sagrada, redes sociais inquietas...
e contas bancárias recheadas. Contratos milionários para transforma-los em celebridades instantâneas nem um pouco comprometidas com alguma coisa diferente do que com eles mesmos.  Aqueles tempos não voltam mais...

Nenhum comentário:

Postar um comentário