Que tal um pneu? - Diziam os mais empolgados...
Não!!! Ano passado quase queimamos a fiação da rua. Nem pensem nisso! - Respondiam os mais cautelosos.
E a turma continuava sua saga pela construção da maior e mais duradoura fogueira dos arredores.
Marcelo, Paulo Otávio, Ricardo, Gilnei, Jorginho, Glaucius, Rogério, Marta, Dirce, Eduardo, Suzana, Janete, Ester e Rosane, Pita, Enio e Luluta...as crianças da Major Cícero davam trabalho a Paulo, Sueli, Ramalho, Nair e Antoninho, Antonio Carlos, Marlene, Orvelinda, Rubens, Tereza e Turene, os pais da Major Cícero.
E tudo se catalisava na noite de 23 de junho, quando tudo queimava. Queimavam as paixões e os corações inocentemente entregues a outros corações igualmente entregues, queimavam as raivas e os ódios, queimavam problemas, queimavam doenças, desavenças e diferenças. Tudo queimava no fogo de São João! Porque depois que as crianças dali faziam a sua parte, juntando todo tipo de componente, adultos que haviam ajudado a cuidar da montagem e dos possíveis riscos que a inocente fogueira trazia, participavam atentamente do evento. E não só cuidados eles tinham. Era comum enxergarmos em seus olhos, durante a queima, o brilho de nossa felicidade ali estampada, assim como de suas lembranças. Éramos nós e suas lembranças dançando, brincando e cantando à sua frente, iluminados pelo fogo da fogueira de São João!
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