sexta-feira, 27 de junho de 2014

Sai cada bosta de cada boca...

Que bosta! Que bosta a natureza ter sido tão generosa com essa região. Que bosta as centenas de praias paradisíacas de águas mornas, verdes e limpas. Que bosta essa mania de rir que se tem por aqui. Que bosta essas cores vivas que insistem em permanecer presentes todo santo dia! E que bosta festejar a chuva como uma benção!?!? Que bosta estes tantos talentos de genialidade incomum. Que bosta o sol diariamente alimentar as mentes de cada um desses seres humanos e dar-lhes a clareza de entenderem que o espírito de tudo o que é saudável, está na gentileza e solidariedade. E que seus sorrisos abrem as portas de suas almas e colocam-nas em contato pleno e permanente umas com as outras. Que bosta, que apesar de terem sofrido e sofrerem ainda, em tantos destes cantos, acreditam que tudo é possível e que há graça nas pequenas coisas. Que bosta serem tão populares, e que bosta que o mundo quando olha pra baixo, os vê em primeiríssimo lugar. Não porque estão logo abaixo, mas porque estão de braços abertos, sempre. Uma verdadeira bosta pra quem tem nariz torcido, raiva no corpo e no olhar e que de tudo reclama, como por obrigação. Porque pra esses, inclusive para os que são ou sentem-se geniais, apesar de terem colhido de toda uma cultura por possuírem chance e acesso a isso, tudo o que lhe for estranho como um olhar sereno, um sorriso de graça, um auxílio sem solicitação, uma conversa desinteressada, e mais uma imensidão dessas coisas que de mãos cheias os nordestinos estão, ah! isso vai lhes causar tanto espanto, e a alguns infelizmente: nenhuma comoção. Troco esses 40 livros por 40 dias de convívio. Pra mim, o suficiente!

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